A Secom (Secretaria da Comunicação Social da Presidência da República) reuniu na segunda-feira (08/04) todos os assessores responsáveis por Congresso, Ministérios e entidades sociais para apresentar o novo programa de comunicação do governo federal.

O conceito segue o novo slogan de Lula (PT), “Fé no Brasil” e prioriza o flerte com o eleitor de centro que avalia o governo como “regular”. Hoje, esse grupo representa pelo menos 28% da população, segundo pesquisa de 11 de março do Datafolha.

A estratégia adotada é chamada de “gatilho cognitivo”, para “fazer uma ponte da divergência para a convergência”. O método será usado para convencer o eleitor bolsonarista que há temas que o eleitor lulista também é impactado, como os prejuízos causados pela inflação.

A Secom lista o que “não funciona” para convencer o “público regular”:

• “apostar em aumentar a polarização;
• comunicação que ignore a rejeição;
• propaganda laudatória e ufanista.”

A pasta sugere o que pode funcionar com essa parte do eleitorado:

• “Oferecer a eles uma saída para que possam valorizar as ações do governo sem renunciar às suas preferências políticas e sem que isso represente ‘adesão ao governo’”.

A apresentação foi mal recebida pelos assessores que participaram da reunião. Segundo relatos, o “simplismo” dessa visão estratégica chocou por não exibir nada de novo. Não houve contraponto de nenhum dos presentes, apenas a orientação de como se portar.

O responsável pela apresentação é o marketeiro Sidônio Palmeira, que fez a campanha do então candidato Lula na disputa presidencial de 2022. Ele conta com o auxílio de Brunna Rosa e Marcelo Branco.

O blog teve acesso a uma das peças que o governo usará nas redes sociais. Veja abaixo: