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No mês do #Bolsonaro Vagabundo, agenda de pouco “compromisso oficial”

Presidente priorizou cerimônias com militares, audiência com evangélicos, foi à praia, negligenciou vacina para criança e ignorou as chuvas

atualizado

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José Dias/Presidência
Jair Bolsonaro em formatura da FAB
1 de 1 Jair Bolsonaro em formatura da FAB - Foto: José Dias/Presidência

Jair Bolsonaro irá encerrar este dezembro com uma agenda pouco produtiva, ideológica e corporativa, de passeio e lazer e num mês que colecionou críticas pelas brigas com a Anvisa e sua recusa em visitar a tragédia das chuvas na Bahia.

Seu comportamento rendeu-lhe um primeiríssimo lugar nas redes com o trending topic #BolsonaroVagabundo.

A agenda do presidente vai encerrar dezembro com 11 registros de “sem compromisso oficial”. Entenda-se assim seus dias de folga em Santa Catarina em plena tragédia que atinge municípios da Bahia. Essa calamidade não foi razão suficiente para afastá-lo de seus passeios de jet ski no litoral, onde aglomerou à vontade e declarou que não pretende interromper sua folga, que irá seguir até a passagem para 2022.

Parte dos “compromissos oficiais” do presidente neste mês foi comparecer a cinco cerimônias envolvendo militares e agentes da Polícia Federal. Esse pessoal é parte pesada de sua base de apoio eleitoral. Bolsonaro só pensa em 2022. Ele compareceu a cerimônia de aspirantes da FAB, na formação de sargentos e em curso de formação da PF. A essa categoria, Bolsonaro “bancou” reajuste que vai custar aos cofres públicos R$ 1,7 bilhão.

Outro segmento que já foi mais “fiel” ao presidente, os evangélicos foram prioridade da pouca agenda de trabalho, se assim pode-se chamar, de Bolsonaro. No início de dezembro, ele recebeu os líderes evangélicos na Câmara Cezinha Madureira (PSD-SP) e Silas Câmara (Republicanos-AM), e outros religiosos.

O dezembro não foi bom para Bolsonaro. Não está sendo. Pode ter selado sua derrota na tentativa de reeleição. O presidente comprou uma briga com a Anvisa pelo fato de a agência ter autorizado a vacinação para crianças de 5 a 11 anos. Ameaçou expor os nomes dos servidores do órgão.

Dias depois, de folga em Santa Catarina, se recusou viajar até a Bahia, onde cidades estão debaixa de água e moradores desalojados. Só pelo fato de o governador, Rui Costa, ser filiado a um partido, o PT, seu inimigo figadal.

Bolsonaro ainda marcou uma “pelada” de futebol com cantores sertanejos na semana que vem. Nada indica que o presidente irá preencher toda sua agenda.

Nos outros dias de dezembro, Bolsonaro cumpriu encontros protocolares com 16 ministros no Palácio do Planalto, recebidos um a um ao longo do mês, e participou de 8 cerimônias, entre as quais a do Dia do Forró. E despachou ainda durante 15 vezes com Pedro Cesar Souza, o Subchefe para Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência. Algo protocolar. Pedro é quem encaminha os documentos para Bolsonaro assinar e que acabam no Diário Oficial da União. É seu auxiliar desde os tempos de deputado.

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