Na reforma, governo quer taxação maior para cigarro, bebida e alimento
Ministério da Saúde defende que produtos que fazem mal à saúde paguem imposto maior
atualizado
Compartilhar notícia
O Ministério da Saúde quer aproveitar a reforma tributária e aumentar a incidência de impostos sobre produtos que comprometem a saúde, como cigarro, bebida alcoólica e os alimentos ultraprocessados, como refrigerante, batata frita, hambúrguer e os chamados enlatados.
Alguns alimentos contam hoje com isenção de IPI e ICMS, como macarrão instantâneo e o nuggets. Entidades ligadas à promoção da saúde argumentam haver distorções, como produtos orgânicos pagarem mais impostos que os industrializados.
Representantes do ministério defenderam essa semana, em audiência na Câmara, o aumento do preço desses produtos. Ana Paula Teixeira, do Inca (Instituto Nacional do Câncer), afirmou que para impedir que jovens comecem a fumar é preciso aumentar o valor, que estaria congelado desde 2016.
O consumo desses alimentos ultraprocessados é responsável por cerca de 30% da obesidade e o excesso de peso está associado a mais de dez tipos de câncer.