Na moto de Bolsonaro, um deputado alvo de ação no Conselho de Ética
Ontem, em Belém, o presidente levou o Delegado Éder Mauro (PL-PA), que se referiu assim a deputadas: “Vão dormir e esqueçam de acordar”
atualizado
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Na garupa de sua moto ontem em Belém (PA), Jair Bolsonaro levou o histriônico deputado e aliado Delegado Éder Mauro (PL-PA). Ambos sem capacete puxavam a motociata.
Conhecido na Câmara por um enfrentamento belicoso com a oposição, marcado por bate-bocas e quase de troca de sopapos, Éder Mauro é um freguês do Conselho de Ética.
Nesse momento, ele responde a uma representação do PSol por ofensas que fez a deputadas da oposição numa reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), em 12 de maio do ano passado.
Depois de discussão com as deputadas Fernanda Melchionna (PSol-RS) e Maria do Rosário (PT-RS), o deputado se referiu à petista como “Maria do Barraco”.
Após minutos de entrevero, Mauro fez uma afirmação que, para as parlamentares, soaram como uma ameaça velada, ao usar a expressão “vão dormir e esqueçam de acordar”. Foi no seguinte trecho:
“Pode se fazer de vítima, espernear, fazer o cacete nessa porra dessa sessão…E vou dizer mais, senhoras deputadas de esquerda: eu, infelizmente, já matei sim. Não foi pouco, não. Foi muita gente. Tudo bandido. Queria que estivessem aqui para discutir olho no ollo (a sessão era remota e presencial). Vão dormir e esqueçam de acordar” – afirmou Éder Mauro, se dirigente às duas deputadas.
Recentemente, no início de junho, durante audiência pública na Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Mauro defendeu colocar uma professora num “paredão” de fuzilamento.