Na CPMI, o “homem-bomba” do aeroporto, que pode implodir a oposição
George Washington é aguardado para depor nesta quinta na comissão; ele foi condenado a 9 anos e 4 meses
atualizado
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A CPMI dos atos golpistas vai ouvir nesta quinta-feira um dos mais extremistas bolsonaristas desde a radicalização desses grupos após a vitória de Lula, em outubro de 2022.
Condenado a 9 anos e 4 meses por ser um dos artífices do atentado com bomba contra o aeroporto de Brasília, George Washington Souza será ouvido hoje pelos integrantes da comissão. Os governistas irão para cima e o confeccionador do artefato que não explodiu após colocado sob um caminhão pode não suportar a pressão.
Entre as declarações do bolsonarista condenado, ele afirmou ter sido alvo de um “complô” e o que está vivendo é “um caso louco, surreal”.
“Meu arrependimento é grande. É surreal. Esse é um fato totalmente isolado. Podem pesquisar minha vida” – afirmou no depoimento.
Quando foi preso, em seu carro foram encontrados fuzis, pistolas, revólveres, espingarda e mais de mil projéteis de diversos calibres. George Washington viajou 821 quilômetros entre Xinguara (PA), onde vive, a Brasília com todas essas armas numa caminhonete, sem ter porte de arma e Guia de Tráfego, documento exigido para essa situação. Ele é um CAC (colecionador, atirador, caçador).
Os policiais que o prenderam afirmaram que ele justificou a presença de tamanho arsenal recorrendo a uma orientação de Jair Bolsonaro, de que “povo armado jamais será escravizado”.
Ou seja, o depoimento do condenado, se de fato acontecer, pode implodir com a oposição, que saiu comemorando nesta semana o desempenho de Silvinei Vasques, ex-chefe da Polícia Rodoviária Federal.