Movimentos sociais, como o MST, vão participar da transição de Lula
Integrantes também de centrais sindicais e ONGs vão compor o grupo comandado pelo vice eleito, Geraldo Alckmin
atualizado
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Movimentos sociais tradicionalmente próximos às gestões do PT irão compor o grupo de transição do futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Lideranças ou técnicos de movimentos como os sem-terra (MST), os sem-teto (MTST), centrais sindicais e organizações não-governamentais deverão ser indicados até terça-feira para integrar o grupo comandado pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin.
Coordenador nacional do MST e muito próximo a Lula, João Paulo Rodrigues disse ao Blog do Noblat que quem ajudou a eleger, que participou da frente de apoio ao petista merece estar nesse grupo, mesmo sem a garantia de que irá participar do governo a partir de 2023.
Rodrigues estima que, das 50 vagas do grupo, pode chegar até a 10 os escolhidos entre os movimentos, centrais e ONGs.
“É necessário ter uma representação (no grupo de transição) de toda força que elegeu o Lula e os apoios que chegaram no segundo turno. É transparente, ajuda a identificar os problemas a partir da lógica de cada agrupamento social. É democrático e facilita depois a montagem do governo” – disse Rodrigues ao Blog do Noblat.
O líder do MST afirmou que é fundamental que cada segmento tenha acesso às ações informações do governo Bolsonaro sobre suas áreas.
“Óbvio que todos sabem que quem vai para o grupo de transição, necessariamente não vai para o governo. Mas você ter acesso às informações da famosa herança maldita que o Bolsonaro deixou para nós irá facilitar o entendimento do que cobrar, como ajudar e até do que criticar no próximo governo Lula” – completou.
Rodrigues afirmou que ele mesmo não deverá participar, mas que o MST irá indicar nomes técnicos do movimento, a exemplo de outras organizações. Ele acredita que até terça-feira a lista de todo o grupo estará completa.