Movimento de Sergio Moro por Rosângela bagunça disputa no Paraná
Requião e Requião Filho devem deixar PT para concorrer ao Senado, esquerda tem disputa interna e direita segue fragmentada
atualizado
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Diante de um cenário quase irreversível de cassação, o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) movimentou-se nesta última semana ao atuar pela troca de domicílio eleitoral da mulher, a deputada federal Rosângela Moro (União Brasil-SP), de São Paulo para o Paraná.
O movimento bagunçou a disputa (que, na prática, nem existe ainda) e fez com outros pré-candidatos ao Senado na vaga de Moro se mexessem de última hora.
É o caso de Requião Filho, deputado estadual do Paraná pelo PT, que acertou a sua migração para o PDT. Ele trocará de sigla assim que a janela partidária para deputados abrir.
O pai dele, o ex-governador Roberto Requião, também deve deixar o PT para se filiar ao Solidariedade. A troca pelo partido de Paulinho da Força vem sendo costurada há meses.
Já no PT, os deputados federais Gleisi Hoffmann e Zeca Dirceu disputam a benção de Lula (PT) para saber quem vai concorrer do lado da esquerda.
Na direita, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) avalia lançar Michelle Bolsonaro como candidata no Estado. A ex-primeira-dama, no entanto, está inclinada a esperar mais dois anos para concorrer no DF, para evitar uma derrota.
O “não” de Michelle também surge da preferência do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, em lançar novamente Paulo Martins, segundo lugar na disputa a senador em 2022.
O ex-ministro da Saúde de Bolsonaro, Ricardo Barros (PP), é outro que já se lançou como pré-candidato, assim como o ex-senador Alvaro Dias (Podemos).
Qual é a situação de Moro?
Moro é julgado no TRE-PR em uma ação apresentada por PL e PT. O senador é acusado de abuso de poder econômico nas eleições de 2022 por ter usado recursos do Podemos, quando era pré-candidato à Presidência da República, para alavancar sua candidatura ao Senado Federal.
Se condenado, ele poderá recorrer ainda no cargo ao Tribunal Superior Eleitoral. Caso ocorra uma nova condenação, a chapa é cassada e uma eleição suplementar é convocada no Paraná.
O TRE-PR volta a analisar o caso do ex-juiz da Lava Jato em 1º de abril, após o novo juiz José Rodrigo Sade, indicado por Lula, assumir uma cadeira no tribunal.