Moraes trabalha para que depoimento de Cid não vaze
Ministro do STF decide se compartilha íntegra da oitiva com a defesa de Jair Bolsonaro e Michelle
atualizado
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O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, deu um salve geral em todos os delegados da Polícia Federal (PF) que trabalham na investigação do caso das joias. Moraes fez com que os agentes garantam que nada será vazado do depoimento de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), sobre o desvio e recompra de relógios e outros itens de luxo presentados por delegações estrangeiras.
Se depender destes delegados e do ministro do STF, nada será vazado pela PF. A preocupação real é com os vazamentos protagonizados pelo advogado de Cid, Cezar Bitencourt. Na semana passada, ele disse que o ex-ajudante de ordens “assumiu tudo”. “Não tem nenhuma acusação de corrupção, envolvimento de Bolsonaro, envolvimento ou suspeita de Bolsonaro”, afirmou.
Apesar da preocupação, já é quase considerado consenso que o depoimento vai vazar quando (ou se) for compartilhado com a defesa de Bolsonaro. Na última semana, os advogados de Jair e Michelle Bolsonaro pediram acesso à íntegra dos depoimentos prestados –não só de Cid, mas como o do pai dele, Mauro Lourena Cid e Osmar Crivelatti. Moraes já havia concedido acesso a outras provas.
O desassossego de Moraes é justamente para que as defesas não combinem versões. Ele já proibiu que Mauro Cid se comunique com Bolsonaro e Michelle.