Os ministros que compõem o Tribunal Superior Eleitoral estão se organizando para concluir o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro já na quinta-feira (29/6). Há preocupação de que os votos sejam prolongados, tornando a sessão de amanhã insuficiente para finalizar o caso.

O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, tem consultado seus colegas sobre a duração dos votos. Os ministros entendem que, por se tratar de um julgamento de grande importância, devem dedicar tempo necessário para apresentar todo o trabalho de análise do processo, sem “encurtar” os votos. Essa foi a estratégia adotada pelo relator do caso, ministro Benedito Gonçalves, que levou toda a sessão de ontem (27/6) para ler as 400 páginas de seu voto, evitando deixar nenhuma ponta solta.

Apesar disso, integrantes do TSE preveem leituras mais aceleradas. A sessão de amanhã terá pouco mais de cinco horas, com possíveis pausas para alimentação. Serão lidos seis votos, nesta ordem: Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia, Nunes Marques e Alexandre de Moraes.

Existe também a possibilidade de não haver nenhum pedido de vista. Raul Araújo indicou que votará na quinta-feira e Nunes Marques já tem seu voto pronto. Ambos seriam os mais propensos a pedir mais tempo para análise, mas não devem atrapalhar a provável condenação de Bolsonaro.

Mesmo que a estratégia de acelerar a sessão de amanhã não funcione, Moraes pode convocar sessão extraordinária do TSE para a semana que vem.