Ministros definidos, transição irá virar guerra pelo segundo escalão
São dezenas de ex-ministros e petistas e aliados não eleitos que buscam um cargo de confiança no futuro governo
atualizado
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O trabalho do grupo de transição com o anúncio do ministério de Lula – o eleito deve apresentar outros diversos nomes nesta semana – irá acirrar ainda mais uma disputa que está se dando nas salas fechadas do Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), e também na imprensa.
É a briga, sim, por cargos nos segundo e terceiros escalões do governo.
Mesmo que Lula tenha dito lá atrás que participar do GT não significa ter cargo no governo, essa não é a crença de quem está no dia a dia atuando nessas discussões técnicas e políticas.
São dezenas de ex-ministros – pelo menos 40 – e outros tantos de petistas e aliados não eleitos que participam do GT. Fora os que já tem cargo garantido, como deputados e senadores eleitos, que desejam participar do Executivo.
Com a definição dos ministros, esses interessados nos DAS (cargos de confiança) no governo irão direto à fonte, ou seja, vão pressionar os indicados que irão comandar as pastas. De olho nas diretorias, secretarias, e assessorias – especiais ou não – que estarão vagas a partir de janeiro.
A disputa está intensa. Tem quem entenda que dar entrevistas na saída de reuniões do CCBB ao batalhão de repórteres ali diariamente seja um caminho. Há quem acredite que não. Exposição demais nem sempre ajuda.
Com a entrega do relatório final a Lula, agora, não acaba o trabalho na transição. Começa essa fase da briga pelos cargos, da montagem do governo.