Ministério da Justiça e PSB escolhem substituto de Dino
Entorno do ministro já o considera indicado por Lula ao STF e espera a divisão da pasta; disputa fica entre dois secretários
atualizado
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Ricardo Cappelli e Augusto de Arruda Botelho são os nomes do PSB para um possível Ministério da Justiça, desmembrado da Segurança Pública. Os dois já se movem nos bastidores para conseguir apoio de outros partes do governo para se tornarem ministros.
O PSB não tem preferência clara. Os dois são filiados ao partido, mas são filiações recentes. Cappelli tem histórico no PCdoB e foi presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), já Arruda Botelho foi advogado da Odebrecht na época da Lava Jato, participou do grupo Prerrogativas e filiou-se à sigla para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados em 2022.
Atualmente, Cappelli é secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, considerado o número 2 da pasta. Arruda Botelho é o secretário Nacional de Justiça.
Flávio Dino é mais inclinado a apoiar Cappelli, com quem trabalhou no Maranhão quando governador. O ainda ministro não fará nenhum movimento de apoio explícito até ter a confirmação de que será juiz do Supremo Tribunal Federal.
Arruda Botelho tem um apoio –tímido– do PT. O Partido dos Trabalhadores, que também já espera a divisão do ministério para emplacar Wadih Damous como ministro da Segurança Pública. Há também o nome, muito bem avaliado, de Marco Aurélio Carvalho, do grupo Prerrogativas.
Lula avalia a ideia de desmembrar o Ministério da Justiça e Segurança Pública, que já foi consumada por Michel Temer. Quando colocou Alexandre de Moraes no STF, o emedebista nomeou Raul Jungmann como ministro da Segurança Pública e Torquato Jardim como ministro da Justiça.