Michelle Bolsonaro entra na linha de fogo do PT
Se atacarem Janja, mulher de Lula, poderá haver revide
atualizado
Compartilhar notícia
Nenhum candidato vai à guerra sem acumular forte munição para abater os adversários. Pode não a usar, mas ela fica ao alcance da mão. Na primeira eleição presidencial pelo voto direto depois do fim da ditadura, Fernando Collor disparou contra Lula a acusação de que ele tentara convencer uma ex-namorada a abortar.
Dias depois, descobriu-se que a campanha de Collor, com o conhecimento dele, pagou uma fortuna para que a ex-namorada do petista aparecesse no horário de propaganda eleitoral na televisão contando a falsa história. Foi o maior golpe baixo registrado até hoje. Collor derrotou Lula no segundo turno por poucos votos.
Bolsonaro só se refere a Lula como “o dos quatro dedos”, uma vez que o ex-operário perdeu um em manuseio de torno mecânico; chama-o de bêbado, ladrão; e diz que Lula é a favor do aborto e da liberação das drogas. Agora, a campanha de Bolsonaro prepara inserções comerciais para ligar Janja, mulher de Lula, à umbanda.
Se for o caso, o PT revidará. O alvo será Michelle, e não só porque Fabrício Queiroz, o administrador da rachadinha no gabinete de Flávio Bolsonaro, depositou em sua conta dinheiro mal explicado até hoje. A história de Michelle e de sua família já foi vasculhada. Se atacarem Janja, sobrará para Michelle.