Mesmo derrotado na disputa para a presidência do Senado, Rogério Marinho (PL-RN) se constitui no principal representante do bolsonarismo no Congresso Nacional nesse início de legislatura. Não só no Senado, onde já se tornou o líder da Oposição.

Desde que perdeu para Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro ganhou esse status de o mais relevante nome da oposição, até por não ser um radical bolsonarista. É de direita, conservador, antipetista, mas não fica evocando Deus, Pátria e Família pelos quatro cantos do Congresso Nacional.

Marinho supera nesse posto, e em ganho de visibilidade,  seus colegas oposicionistas do Senado, casos de Damares Alves (PL-DF), o astronauta Marcos Pontes (PL-SP), Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e Sergio Moro (União-PR).

Esse protagonismo supera também qualquer nome da Câmara, incluído o da figura do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), agora líder da Minoria na casa. O filho do presidente é considerado muito radical e incapaz de unir todas as variantes do bolsonarismo.

Um exemplo do dia a dia desse papel conquistado por Marinho: ele não circula sozinho nos corredores do Senado, nem na Câmara. Sempre está cercado de parlamentares, o que significa liderança.