Megaoperação da PF mira núcleo da “minuta do golpe” de Bolsonaro
Prisões e operações de busca e apreensão embasam delação de Mauro Cid
atualizado
Compartilhar notícia
A megaoperação da Polícia Federal (PF) que prendeu quatro aliados de Jair Bolsonaro (PL) e teve o ex-presidente, ex-ministros e militares como alvo, nesta quinta-feira (8/2), mira o núcleo dos envolvidos com a “minuta do golpe” encontrada na casa Anderson Torres, em janeiro de 2023.
Filipe Martins, um dos presos na operação de hoje, seria o responsável pela entrega do documento a Bolsonaro, segundo a PF. Valdemar Costa Neto, Braga Netto, Anderson Torres e Almir Garnier teriam discutido a possibilidade de golpe.
Toda a Operação Tempus Veritatis é embasada pelos depoimentos de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, que revelou às autoridades o plano de golpe de Estado em delação premiada.
Cid contou que Bolsonaro e seus aliados discutiram a possibilidade de um “Estado de Defesa” na sede do Tribunal Superior Eleitoral para contestar o resultado das eleições de 2022. Segundo a PF, todos os alvos estariam envolvidos na confecção do documento.
Segundo a Polícia Federal, o grupo de alvos desta quinta se dividiu em “núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas Eleições Presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital”.