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Marina Silva volta a receber fogo amigo no governo

Rui Costa soma pressão por exploração na Foz do Rio Amazonas; Meio Ambiente vê “decisão política e desconhecimento técnico”

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Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, fala com a imprensa após evento em celebração ao Dia Mundial do Meio Ambiente 3
1 de 1 Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, fala com a imprensa após evento em celebração ao Dia Mundial do Meio Ambiente 3 - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

A fala de Rui Costa sobre a exploração de petróleo na Foz do Rio Amazonas não pegou bem no ministério do Meio Ambiente. Integrantes da pasta disseram ao blog que o ministro da Casa Civil “ignora a posição de mediador” ao defender a perfuração na região. A ministra Marina Silva volta a ser o centro de uma disputa entre as alas ambiental e de energia no governo Lula (PT).

Em maio, a ministra rompeu com o senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) pelo mesmo motivo. À época, Rui Costa foi escalado para por panos quentes no confronto, que também tinha como personagens o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, Ibama, Petrobras e o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).

Agora, segundo integrantes do ministério do Meio Ambiente, Rui Costa toma lado ao dizer que a Petrobras pode intensificar estudos na área. Dizem que o ministro mostra desconhecimento técnico e que a fala é política. Ontem (26/07), Rui Costa disse a Petrobras vai “intensificar estudos na região”. 

“Temos outros desafios com a chamada margem equatorial, que pega desde o norte do Amapá até a bacia do Rio Grande do Norte, com investimentos, pesquisas que a Petrobras vai manter e vai intensificar porque ali, acena-se com a possibilidade de ser um novo grande reservatório e gás e óleo para o Brasil” – Rui Costa

A área da Margem Equatorial, onde fica a Foz do Rio Amazonas, se estende por mais de 2.200 Km na costa brasileira e é considerada uma das principais prioridades da Petrobras nos próximos 4 anos. É estimado que o local possa produzir até 10 bilhões de barris de petróleo cru. 

A negativa para exploração de Petróleo em maio impacta as expectativas de lucro dos Estados do Amapá, Pará, Maranhão, Ceará e Rio Grande do Norte. Isso porque o Ibama entende que a área é muito sensível e pode impactar tanto a vida marinha, como a fauna, flora e vida indígena no continente.

Há perfurações na Foz do Rio Amazonas desde a década de 1970, mas dessa vez o Ibama afirmou que a Petrobras não apresentou garantias de que “a fauna local será preservada” em casos de acidentes, como o vazamento de óleo. Mas é importante destacar que a foz do Rio Amazonas está a 500 Km de distância da área de exploração, apesar de serem homônimas.

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