Lula segura Rita Serrano na Caixa, por enquanto
Questão de gênero pesa e presidente da Caixa não deve estar na minirreforma que será planejada nesta semana
atualizado
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A presidente da Caixa, Rita Serrano, não deve estar na lista final de demitidos (ou realocados) que o Planalto e o Centrão montam há semanas. Isso porque Lula (PT), com a obstinação de Janja da Silva, quer continuar com uma mulher no comando do banco estatal. A primeira-dama tem atuado fortemente para manter Rita.
Esse é mais um revés ao time de Arthur Lira (PP-AL), que tenta desde o final de junho emplacar um nome no comando do banco.
O primeiro indicado pelo presidente da Câmara foi o deputado federal André Fufuca (PP-MA). Mas este deve ocupar algum ministério. O sonho mesmo é o Desenvolvimento Social, mas Lula não quer diminuir o espaço do PT na Esplanada. Por isso, Wellington Dias pode ganhar outra pasta, a ser definida.
Diante da firmeza de Lula em preservar a representatividade feminina na presidência da Caixa, o PP ventilou duas mulheres: Margarete Coelho e Cida Borghetti, ambas filiadas ao partido. Os nomes não agradaram.
A primeira é ex-deputada federal pelo Piauí e foi vice-governadora de Wellington Dias no Estado. Apesar da proximidade com o petista, é muito ligada a Ciro Nogueira, o que é visto como arriscado.
Já Cida Broghetti é ex-governadora do Paraná e mulher de Ricardo Barros, ex-líder de Jair Bolsonaro (PL) na Câmara. Não são necessários mais motivos para a desconfiança de Lula.
A indefinição também atinge Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), que já sabe que será ministro, mas não faz ideia em qual pasta.
Enquanto isso, Rita Serrano tenta se manter no cargo. Na semana passada esteve duas vezes com Lula, durante jogo da seleção brasileira na Copa do Mundo Feminina e em reunião no Palácio do Planalto. A expectativa é que ela intensifique a agenda nesta semana para “mostrar trabalho”.