Lula prestigia PF com demissão de nº 2 da Abin, avaliam agentes
Alessandro Moretti caiu por ser citado em inquérito da Polícia Federal
atualizado
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Com a demissão do diretor adjunto da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), a Polícia Federal (PF) se viu prestigiada por Lula (PT), que tomou a decisão depois de ação da corporação contra a “Abin paralela”.
O presidente demitiu Alessandro Moretti só por ele ser citado no inquérito. Não houve denúncia, sequer condenação. Moretti foi apontado como o operador de um conluio com Alexandre Ramagem (PL-RJ) para atrapalhar as investigações da PF.
Segundo agentes da Polícia Federal que conversaram com o blog, a decisão do presidente mostra o prestígio que a atual PF tem com o governo. O trabalho é confiável, segundo avaliam.
Lula pode fazer mais mudanças
Como o blog mostrou, o novo n.º 2 da Abin será o professor e cientista político Marco Cepik, atualmente diretor da Escola de Inteligência da Abin (Esint). Lula até mesmo ensaiava a entrada de Cepik na direção-geral, mas o movimento não se consolidou.
Interlocutores de Lula pressionam para que o presidente exonere também o diretor-geral, Luiz Fernando Corrêa, mas este é segurado por Rui Costa, ministro da Casa Civil —ministério o qual a Abin está vinculada. Corrêa também foi diretor da Polícia Federal entre 2007 e 2010 e Lula tem muita confiança nele.
No entanto, trocas nas superintendências do Rio de Janeiro e em Brasília são vistas como um alento para a manutenção de Corrêa. A equipe do presidente pressiona por uma reformulação total da Abin, já que esta continua “bolsonarista”, avaliam.