Lula evoca Bolsonaro e compara democracia a casamento
Presidente discursou na abertura do Foro de São Paulo, em Brasília; evento contou com homenagem a Fidel Castro
atualizado
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparou a democracia brasileira com um casamento, assim como fazia com frequência o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O petista afirmou que “se o marido e a mulher não fazem concessões um pro outro todos os dias, o casamento acaba”.
“Eu digo sempre: a democracia é igual um casamento. Num casamento, se o marido e a mulher não fazem concessões um pro outro todos os dias, o casamento acaba. Com a democracia é isso. Na democracia é fazer concessão toda hora”, disse o presidente.
Deu a declaração nesta quinta-feira (29/6), na cerimônia de abertura do Foro de São Paulo, que acontece em Brasília. A fala vem na esteira das críticas ao governo petista, que tem problemas de relação com o Congresso, sobretudo na Câmara.
A relação estremecida tem dificultado a tramitação de projetos governistas na casa liderada por Arthur Lira (PP-AL), que critica publicamente a articulação política do Palácio do Planalto.
A fala de Lula lembra as citações recorrentes de Bolsonaro. O ex-presidente usava a metáfora do casamento sempre que o seu governo passava por dificuldades. Quando se filiou ao PL, por exemplo, disse que esperava um “casamento feliz”.
Homenagem a Fidel Castro
O XXVI Foro de São Paulo está acontecendo em um hotel em Brasília e vai até o próximo 2 de julho. O evento está distribuindo um material antigo, de 2017, em que homenageia o ex-presidente de Cuba, Fidel Castro, falecido em 2016.
Na primeira página do material está escrito: “Fidel Castro, exemplo de unidade e internacionalismo”. O texto destaca os esforços revolucionários do “comandante” cubano.
Leia abaixo:
Fidel Castro, exemplo de internacionalismo unidade
Entre os imensuráveis exemplos que Fidel deixou como herança aos revolucionários da America Latina e Caribe, destacam-se os que foram
determinantes nas lutas de nossos povos, nossos partidos e movimentos. Estes são a unidade e o internacionalismo consequente.
“O dever das nações oprimidas e exploradas a lutar por sua liberação; o dever de cada povo à solidariedade com todos os povos oprimidos, colonizados, explorados ou agredidos, seja qual for o lugar do mundo em que estes se encontrem e a distância geográfica que os separa” e agregava “ser internacionalista é pagar nossa própria dívida com a
humanidade”. (Fidel Castro Ruz).
Este Grupo de Trabalho do Foro de São Paulo dedica o resultado de seus modestos esforços ao exemplo e à consequência revolucionária do Comandante Fidel Castro.
Manágua, Nicarágua 10 de janeiro de 2017.