Lula estabelece o primeiro semestre como limite para mexer na equipe
Presidente diz que antes desse prazo é sinalizar derrota
atualizado
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A não ser que seja por motivo muito forte e acusação indefensável, o presidente Lula não pretende fazer qualquer alteração na cúpula de seu governo antes do primeiro semestre do ano.
O período de seis meses é o tempo que o presidente estabeleceu para mexer no seu ministério, seja ocupado por petista ou aliado de outro partido.
Por essa razão, dificilmente Alexandre Padilha (Relações Institucionais) deixará a função de ser o elo entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional, por mais críticas até públicas que vem recebendo, como a declaração de Arthur Lira (PP-AL), que praticamente pediu sua cabeça.
Mudar qualquer coisa antes de seis meses, acredita Lula, é sinalização de fraqueza. O caso do general Gonçalves Dias, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), foi “ponto fora da curva”, diz um dos vice-líderes do governo no Congresso Nacional.
Tem casos que Lula espera ver o que vai acontecer, como os episódios envolvendo a ministra Daniela Carneira (Turismo) – suspeita de envolvimento com milícia – e o ministro Juscelino Filho (Comunicações) – que aproveitou voo da FAB para ir a um leilão de cavalos, em São Paulo.
O presidente está decidido a participar diretamente da relação com os parlamentares. Ele se indigna que, mesmo com a liberação de verba de emenda e ministérios distribuídos a partidos supostamente amigos, esteja passando todas essas dificuldades no Congresso, em especial na Câmara.