Mesmo diante do problema criado ao pedir votos ao pré-candidato à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSol), o presidente Lula (PT) deve intensificar sua agenda com o psolista nas próximas semanas.

O PT está elaborando formas de colar Boulos à figura de Lula, sem que necessariamente os dois estejam em São Paulo. Por isso, o deputado federal deve ser mais vezes convidado a eventos no Palácio do Planalto para produzir imagens ao lado do petista.

Quem cuida da pré-candidatura de Boulos no PT acredita que a rejeição do psolista pode ser evitada com uma correlação maior à figura de Lula. É importante destacar que em 2022, o presidente venceu no segundo turno na capital paulista, com 53% dos votos. 

Segundo levantamento do Paraná Pesquisas, realizado de 26 de abril a 1º de maio, Boulos aparece em segundo lugar com 29,8% das intenções de votos. O atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) tem 35,2%. Como a margem de erro da pesquisa é 2,9%, os dois estão tecnicamente empatados no limite.

Na quarta (1º/05), o presidente Lula pediu votos a Boulos durante celebração do Dia do Trabalhador, em São Paulo. A Justiça Eleitoral viu campanha antecipada.

“Ninguém derrotará esse moço aqui se vocês votarem no Boulos para prefeito de São Paulo nas próximas eleições”, disse Lula. “Vou fazer um apelo: cada pessoa que votou no Lula em 89, em 94, em 98, em 2006, em 2010, em 2018… 2022, tem que votar no Boulos para prefeito de São Paulo.”

Ontem (02/05), a Justiça Eleitoral mandou que governo e o YouTube retirassem do ar a transmissão do evento. O juiz Paulo Eduardo de Almeida Sorci, da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo, disse que o vídeo pode impactar a paridade na disputa paulista.