O Luiz Inácio Lula da Silva deste terceiro mandato é diferente do Lula dos dois mandatos anteriores. Até agora, o “Lula 3” se mostrou mais enfático, incisivo e exigente com resultados. E cobra de seus auxiliares publicamente, como fez ontem na reunião ministerial, que fez questão que fosse transmitida.

Mas essa imagem de um Lula mais “on” já tinha aparecido na transição. Quando anunciou alguns de seus ministros, deu o tom.

Ao anunciar Waldez Góes como seu ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Lula cobrou dele resultados no Congresso Nacional. Sim, é constrangimento.

Fez o mesmo até com Fernando Haddad, quando perguntado, na frente do ministro, se acreditava que  ele tinha capacidade de articulação no Congresso. A resposta de Lula: “espero que sim, que tenha competência para isso”.

Ontem, Lula fez questão de mandar recados.

“Quem fizer errado, sabe que tem só um jeito. A pessoa será simplesmente da forma mais educada possível, convidada a deixar o governo, e, se cometeu algo grave, a pessoa terá que se colocar diante das investigações e na própria Justiça” – foi uma das estocadas de Lula no seu elenco.

É o tipo de argumento que não se diz na frente das câmeras. Mas o “Lula 3” disse.