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Luis Miranda sobre a PF isentar Bolsonaro no caso Covaxin: “Discordo!”

Deputado, ao lado de seu irmão, foi quem levou ao presidente denúncia de problemas nas conversas para a compra da vacina indiana

atualizado

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Jefferson Rudy/Agência Senado
Luis miranda
1 de 1 Luis miranda - Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Autor da revelação de que Jair Bolsonaro corria o risco de ter prevaricado no caso da compra da vacina Covaxin, contra a Covid-19, o deputado Luis Miranda (DEM-DF) afirmou que “discorda” da conclusão da Polícia Federal de que o presidente não cometeu esse crime. 

Miranda e o  seu irmão, Luis Ricardo Miranda, que trabalhava nessa área de medicamentos no Ministério da Saúde, levaram essa denúncia a Bolsonaro num encontro no Palácio do Alvorada. Porém, relatório do delegado William Schuman Marinho, responsável pelo inquérito, concluiu que o presidente não prevaricou. Ele entendeu que “juridicamente não é dever funcional, decorrente de competência do cargo, a prática de ato de ofício de comunicação de irregularidades pelo presidente da República”.

Luis Miranda afirmou ao Blog do Noblat que a PF “admite que a investigação concluiu que ele não fez nada, porém não é crime”.

“O crime está em não cuidar do país como se é esperado de um presidente. Segundo a PF, não é dever dele (Jair Bolsonaro) denunciar mesmo sabendo de irregularidades. Sempre defendi e continuarei defendendo a PF, mas discordo dessa decisão” – afirmou Luis Miranda, que chegou a ir depor na CPI da Covid-19 após a revelação de que teria se encontrado com o presidente e feito o relato dos problemas na compra da Covaxin.

O relatório do delegado foi enviado à ministra Rosa Weber, do STF, relatora do caso. William Marinho conclui ainda que “ausente o dever funcional do presidente da República Jair Messias Bolsonaro de comunicar eventuais irregularidades de que tenha tido conhecimento —e das quais não faça parte como coautor ou partícipe— aos órgãos de investigação, como a Polícia Federal, ou de fiscalização, não está presente o ato de ofício”.

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