Lira prepara reverter mudanças no arcabouço fiscal
Texto foi alterado no Senado, o que irritou parte dos deputados federais; Fundeb e Fundo do DF devem voltar ao teto
atualizado
Compartilhar notícia
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), vai ignorar as mudanças feitas pelo Senado no projeto do arcabouço fiscal e coordenar a rejeição das emendas. O texto foi alterado pelo senador Omar Aziz (PSD-AM), que tirou do teto de gastos os investimentos no Fundeb e no Fundo Constitucional do Distrito Federal, que mantêm o funcionamento da capital.
Ontem (27/6), o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, gravou um vídeo com a deputada Erika Kokay (PT-DF) defendendo que o fundo fique fora do teto. No entanto, internamente, já admite o revés.
Lira vai atender aos deputados federais, representados pelo relator Claudio Cajado (PP-BA), que defendem manter os vetos, conforme foi acordado na primeira versão do texto. A articulação naquele momento foi feita pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A votação das emendas vindas do Senado ficará para a semana de 3 a 7 de julho. No mesmo pacote, o presidente da Câmara deve colocar para votação os textos da reforma tributária e do regime no Carf.
Alas do governo temem, no entanto, que Lira cobre alto para acelerar as tramitações. O recesso parlamentar está logo ali, na segunda quinzena de julho, e o objetivo de Lula é liquidar esses temas antes do segundo semestre.