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Lira inverte ordem de ações no Conselho de Ética e poupa bolsonaristas

Ação contra deputados do PL acusados pelo 8 de janeiro está parada há 4 meses; uma ação do PL contra 6 esquerdistas tramitou em 24 horas

atualizado

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Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Arthur Lira concurso
1 de 1 Arthur Lira concurso - Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), está sendo seletivo no envio das representações por quebra de decoro parlamentar ao Conselho de Ética e está poupando bolsonaristas, em detrimento a esquerdistas.

No último dia 2, sexta-feira, completou quatro meses que ações contra quatro deputados do PL acusados de estimular de vandalismo de 8 de janeiro estão paradas na Mesa. Foram representações feitas pelo PSol e, até hoje, não foram despachadas ao Conselho de Ética.

Por outro lado, Lira remeteu ao conselho na última quarta-feira (31) uma ação do PL protocolada na véspera, terça (30), contra seis deputadas do PSol e do PT. Assinada pelo presidente do PL, Valdemar Costa Netto, a peça as acusa de quebra de decoro por terem chamado de “assassino” deputados que votaram a favor do marco temporal, e pede a perda de seus mandatos.

Arthur Lira foi procurado pelo blog para explicar os critérios que está utilizando para enviar as ações ao conselho. Qual a razão de representações protocoladas agora estarem sendo enviadas ao conselho antes de outras mais antigas. Mas não houve retorno do presidente da Câmara.

O PL quer cassar o mandato de quatro deputadas do PSol: Sâmia Bonfim (SP), Célia Xakriabá (MG), Talíria Petrone (RJ) e Fernanda Melchionna (RS); e duas do PT: Érika Kokay (DF) e Juliana Cardoso (SP).

Até agora, Lira enviou oito representaçõesao Conselho de É tica, que atingem nove vezes deputadas da esquerda e quatro bolsonaristas.

Os quatro bolsonaristas, todos do PL, alvos no conselho são: Carla Zambelli (SP), Eduardo Bolsonaro (SP), Nikolas Ferreira (MG) e José Medeiros (MT). Zambelli e Bolsonaro ofenderam com palavrões colegas do governo. Nikolas é acusado de transfobia, num discurso feito com uma peruca e Medeiros é acusado de ter pisado no pé de um petista, durante calorosa discussão no plenário.

Talíria Petrone e Juliana Cardoso já acumulam duas representações no conselho. Márcio Jerry (PCdoB-MA) é outro governista representado também naquele colegiado, acusado de “assédio” por Julia Zanatta (PL-SC).

A ação do PL enviada esta semana contra as seis deputadas indignou as parlamentares, que iniciaram um movimento por assinaturas de uma petiação contra a cassação de seus mandatos.

“Não satisfeitos em cortar microfones (na CPI do MST), os bolsonaristas agora querem cassar nossos mandatos. Não suportam ouvir a verdade, menos ainda quando ela é dita por mulheres de esquerda. Não nos calarão! Assine a petição e nos apoie” – postou Sâmia Bonfim.

 

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