Lira deve romper acordo com PL e beneficiar União Brasil
Visando a sucessão da presidência da Câmara, Arthur Lira quer nomear aliado à CCJ
atualizado
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O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), está propenso a romper o acordo com o PL e não aceitar a deputada Caroline de Toni (PP-SC) na presidência da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). O blog antecipou que Lira quer um deputado “menos bolsonarista” para a presidência da comissão e pediu para o PL fazer outra indicação.
O PL, no entanto, insiste no nome da deputada, que é considerada uma das mais bolsonaristas da casa. Ela, ao lado de Ricardo Salles (PL-SP), é a deputada que mais votou em oposição a projetos de interesse do governo, segundo o Radar do Congresso, do Congresso em Foco.
Como o PL é a maior bancada do Congresso, o partido tem o direito de indicar qual comissão quer assumir primeiro. Mas se depender de Lira, responsável pelas nomeações, o Partido Liberal não chega a assumir a cadeira da presidência da CCJ.
Agora, o presidente da Câmara está inclinado a indicar um nome do União Brasil, já que o PT abriria mão da CMO (Comissão Mista do Orçamento). O União é o terceiro maior partido da Câmara; o PT, o segundo.
Dessa forma, a presidência da CCJ pode cair no colo de Elmar Nascimento (União Brasil-BA). É desejo de Lira que isso aconteça para alavancar a candidatura do deputado à presidência da Câmara, em 2025. Hoje, Elmar é o auxiliar mais próximo de Lira e briga com Marcos Pereira (Republicanos-SP) pelo controle da casa.
Lideranças do União Brasil, contudo, apostam em outros nomes para a presidência da comissão mais importante da Câmara. Os deputados Arthur Maia (União Brasil-BA), que já presidiu a CCJ, e Danilo Forte (União Brasil-CE) são lembrados.