metropoles.com

Limpa na Abin coloca Múcio e Dino em posições distintas

Lula havia sido aconselhado a trocar todo o comando da Agência, mas foi segurado para não criar ruído com militares

atualizado

Compartilhar notícia

Rafaela Felicciano/Metrópoles
Foto colorida de Flávio Dino e José Múcio - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de Flávio Dino e José Múcio - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A operação da Polícia Federal (PF), que prendeu agentes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) na sexta-feira (20/10), expôs mais uma vez um ponto de divergência entre os ministros da Defesa, José Múcio, e da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.

Depois do 8 de Janeiro, Dino aconselhou o presidente Lula (PT) a “desbolsonarizar” o Gabinete de Segurança Institucional, de Gdias à época, e demitir todos os militares e funcionários da gestão anterior que estivessem em postos chave. Lula comprou a ideia, mas foi impedido por Múcio. 

Na ocasião, o ministro da Defesa avaliou que os ânimos estavam muito inflamados e não era uma boa ideia comprar brigas com as Forças Armadas. 

A manutenção se mostrou um erro. O sentimento no Palácio do Planalto após as operações de ontem é de espanto, por Múcio “não ver o problema embaixo do nariz”, segundo integrantes do governo.

O Ministério da Justiça de Dino apontou dois erros de Lula ao ouvir Múcio: a manutenção de parte da equipe de Augusto Heleno no GSI até pelo menos abril; e a nomeação de Paulo Maurício Fortunato Pinto como “número 3” da Abin —alvo da operação de ontem.

As críticas também vieram do Congresso. O senador Renan Calheiros (MDB-AL) fez chegar ao Palácio do Planalto o recado de “eu avisei”. Calheiros sabatinou Luiz Fernando Corrêa, atual chefe da Abin, e criticou a indicação de diretores na agência, sobretudo a de Fortunato Pinto.

O secretário de planejamento da Abin, Paulo Maurício Fortunato Pinto, foi afastado de seu cargo por suspeita de integrar um esquema de espionagem irregular contra jornalistas, políticos, ministros e adversários do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A determinação partiu do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Fortunato Pinto teria sido o nome do alto escalão que teve apreendido em sua residência US$ 171.800 em espécie.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comBlog do Noblat

Você quer ficar por dentro da coluna Blog do Noblat e receber notificações em tempo real?