Ligação de Bigonha com ANPR atrapalha possibilidade da PGR
Subprocurador é um dos favoritos ao cargo de Augusto Aras na PGR; associação recorreu à decisão de Toffoli em anular provas da Lava Jato
atualizado
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Um dos favoritos para o cargo de procurador-geral da República, no lugar de Augusto Aras, Antônio Carlos Bigonha, terá um primeiro teste de fidelidade antes de qualquer possibilidade de chefiar o Ministério Público.
Ele foi presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) e está sendo pressionado a defender a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, em anular provas da Lava Jato.
Isso porque a ANPR apresentou um recurso ao STF contra a decisão do ministro. No agravo, afirma que a anulação “é inteiramente equivocada” e “destoa da realidade dos fatos”. A associação também diz temer que a decisão afete a outros processos.
Bigonha, que é ligado a figuras importantes do PT, está sendo cobrado para defender a decisão de Toffoli, que chamou a prisão de Lula de “erro histórico”. Ele é apadrinhado do ex-presidente do PT José Dirceu e do advogado Kakay.
Já Paulo Gonet Branco está mais tranquilo. Ele tem o apoio dos ministros do STF Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes. Também foi o representante do Ministério Público Eleitoral no julgamento no qual o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi considerado inelegível.