O que muito se houve na política em Brasília é que Gilberto Kassab é um craque dos bastidores e da negociação política. Será?

A última investida do presidente nacional do PSD é sobre o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, do que ainda resta do PSDB. Kassab é próximo de Lula, gravou vídeo para o aniversário do PT, mas diz que só no segundo turno que se alia ao ex-presidente. Isso tem nome: comprar facilidade para vender dificuldade.

Lula quer o apoio de Kassab agora e que, de preferência, seu provável vice – Geraldo Alckmin – se filie ao partido. Mas não vai rolar. E nem por isso Lula vai romper com Kassab, que promete apoiar o PT num eventual segundo turno.

Se Eduardo Leite, um político promissor, se filiar ao PSD mostrará ser não só um mau perdedor, mas alguém pouco confiável. Dias atrás declarou ser candidato a reeleição a governador de seu estado. Agora, aparece como a terceira via com reais chances.

Leite perdeu as prévias tucanas. Se a máquina de João Doria atuou e uso métodos sabe lá quais, paciência. Que denunciasse e rompesse antes.

De uma “raposa” do partido do próprio Kassab: “Ele está crente que a escolha do futuro presidente passa por ele. No fundo, sabe que não é verdade. Enquanto isso, vai se ‘precificando’ caro para o mercado político” – disse o interlocutor, que, por óbvio, pediu preservação de sua identidade.