Gaza: Itamaraty enviará questionamentos sobre liberação de brasileiros
Itamaraty quer entender critério para a liberação de estrangeiros na fronteira da Faixa de Gaza com o Egito
atualizado
Compartilhar notícia
Fora novamente da lista de estrangeiros autorizados a sair da Faixa de Gaza, o Brasil envia nesta sexta-feira (3/11) questionamentos ao governo do Egito sobre os critérios de liberação.
O Itamaraty quer saber por que os brasileiros ainda são mantidos na região, mesmo tendo sido o Brasil o primeiro país a pedir a abertura de Rafah.
Até essa quinta (2/11), apenas cidadãos dos seguintes países foram autorizados a entrar no Egito por Gaza: Azerbaijão, Austrália, Áustria, Bulgária, Barhein, Bélgica, Coreia do Sul, Croácia, Estados Unidos, Finlândia, Grécia, Holanda, Hungria, Itália, Indonésia, Jordânia, Japão, Macedônia, México, República Tcheca, Suíça, Sri Lanka e Chade.
Ao todo, mais de mil pessoas já entraram pela fronteira africana.
Nesta sexta-feira, de acordo com a lista publicada pela administração do posto de controle de Rafah, onde é feita a passagem, 571 pessoas estão autorizadas a fazer a travessia. A maioria dos cidadãos são norte-americanos, britânicos, italianos, alemães, mexicanos e indonésios.
“Não faz sentido”, diz Itamaraty
O Itamaraty estuda enviar diplomatas ao Egito para negociar a liberação. O envio seria um reforço ao trabalho que já é feito pelo embaixador brasileiro no país, Paulino Carvalho. Na visão do Ministério das Relações Exteriores, “não faz sentido” o veto a brasileiros.
Até agora, nenhum brasileiro deixou a Faixa de Gaza pelo Egito. A fronteira foi aberta apenas na quarta-feira (1º/11) e contou com a liberação de poucos estrangeiros e agentes da Cruz Vermelha.
O Brasil já havia enviado o chanceler Mauro Vieira ao Egito para conversar sobre a abertura de Rafah. Além dos brasileiros, o ministro pediu a liberação de palestinos feridos, além de mulheres, idosos e crianças.