Incompetência de Heleno terá espaço no relatório da CPMI
Ex-ministro de Bolsonaro tinha relatórios sobre os acampamentos, mas não agiu para brecar golpistas
atualizado
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O general Augusto Heleno será um dos militares citados no relatório da CPMI do 8 de Janeiro. O texto ainda não está pronto, há apenas trechos preliminares. Entretanto, depois do depoimento do ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) ao colegiado ontem (26/09), ficou evidente o descompromisso do Gabinete de Segurança Institucional, sob a batuta de Heleno, com a democracia.
O blog apurou que a incompetência do general será o ponto de destaque de sua citação. Ao militar será imputada a responsabilidade pelo aumento de células criminosas em acampamentos em frente a quartéis do Exército em todo o Brasil depois do segundo turno de 2022.
À época, o GSI produziu relatórios sobre os acampamentos, mas não promoveu ações efetivas para diminuir a presença de golpistas e o aumento de circulação nestes locais. No acampamento de Brasília, por exemplo, bolsonaristas articularam explodir o aeroporto Juscelino Kubitschek na noite de Natal.
Ontem (26/09), durante a CPMI do 8 de Janeiro, Heleno disse que os acampamentos eram “manifestações políticas” e que não cabia ao GSI analisá-los, mesmo com os relatórios produzidos pelo ministério.
“Nunca considerei o acampamento algo que interessasse à segurança institucional”, disse o ex-ministro de Bolsonaro. Heleno negou ter sido leniente com as células bolsonaristas e disse que nunca planejou golpe ou falou sobre “assuntos eleitorais” com integrantes do GSI.