Inclusão de ex-Rota na campanha de Boulos causa mal-estar no PSol
Integrantes do partido são contra um policial militar na elaboração de propostas para a segurança pública de São Paulo
atualizado
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A confirmação do ex-comandante da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) Alexandre Gasparian na campanha de Guilherme Boulos (PSol) à prefeitura de São Paulo rachou parte do Psol na capital paulista. Integrantes da sigla, que também suportam a candidatura do deputado federal, são contra o policial militar na elaboração de propostas para a segurança pública do pré-candidato.
Para aliados de Boulos, o PM representa “mais do mesmo” da violenta Polícia Militar de São Paulo. A inclusão de Gasparian é a tentativa de um contraponto a Mello Araújo (PL), companheiro de Ricardo Nunes (MDB) na campanha pela reeleição, e que também comandou a Rota. A nomeação do coronel é um aceno aos conservadores de São Paulo.
A ala do PSol contrária à indicação de Gasparian também diz que o aceno é irrelevante, já que essa parte do eleitorado já é fiel ao bolsonarismo e provavelmente se perderá entre Nunes, Pablo Marçal (PRTB) e Marina Helena (Novo).
Já os que defendem Gasparian dizem que o militar é crucial para adentrar em uma parte do eleitorado que ainda está indecisa.
Segundo pesquisa Real Time Big Data, divulgada em 1º de julho, Boulos tem 29% e Nunes, 28% das intenções de voto. Eis os resultados:
- Guilherme Boulos (PSOL): 29%;
- Ricardo Nunes (MDB): 28%;
- Pablo Marçal (PRTB): 12%;
- José Luiz Datena (PSDB): 8%;
- Tabata Amaral (PSB): 7%;
- Kim Kataguiri (União): 5%;
- Marina Helena (Novo): 1%;
- Altino Prazeres (PSTU): 0%;
- Fernando Fantauzzi (DC): 0%;
- Ricardo Senese (UP): 0%;
- João Pimenta (PCO): 0%;
- Nulo/branco: 6%;
- Não sabe/não respondeu: 4%.
A pesquisa foi contratada pela Record TV, e entrevistou 1.500 eleitores, do dia 25 a 28 de junho. O nível de confiança é de 95%, e o número de registro na Justiça Eleitoral é SP-06703/2024.