Igreja Presbiteriana isenta Ribeiro e o enaltece: “homem de família”
Comissão Executiva do Presbitério de Santos (SP) anuncia que não há razão, por enquanto, para um processo eclesiástico contra o ex-ministro
atualizado
Compartilhar notícia
A Igreja Presbiteriana, na qual Milton Ribeiro é pastor, saiu em defesa do ministro, anunciou que não irá, por enquanto, abrir processo eclesiástico contra ele e enalteceu suas virtudes como cidadão, cristão e pastor.
A Comissão Executiva do Presbitério de Santos (SP), onde Ribeiro atua e preside essa organização religiosa, anunciou que confia na sua inocência e que não irá adotar qualquer providência até o final da investigação e sentença na Justiça. E orienta seus pastores ligados a tratar a questão com “respeito e bom-senso”
“Não nos compete sentenciar… Temos plena certeza e esperança de que as provas do processo se apresentarão, na devida instância, favoráveis à inocência do reverendo Milton Ribeiro, como também oportunizará que noticiemos que seu serviço na gestão do MEC contribuiu significativamente para a promoção da educação da Nação”.
A igreja do ministro entendeu que a sua prisão preventiva não é suficiente para abrir um processo e aplicar aos “membros faltosos” alguma sentença prevista no Código de Disciplina da Igreja Presbiterian do Brasil, que pode ser uma suspensão da função de pastor, por exemplo.
“A prisão preventiva do reverendo Milton Ribeiro não possui elementos que justifique a abertura de processo regular com vista à sentença eclesiástica, pois não possui caráter condenatório, haja visto a ausência de julgamento do processo e sentença pronunciada” – entendeu a Comissão do Presbitério de Santos, em nota.
A Igreja Presbiteriana em Santos entendeu que pode apenas fazer um juízo sobre a “seriedade, competência e caráter moral” de Milton Ribeiro, que exerce ali seu pastorado desde 1994. E o elogia como um filho dedicado, que semanalmente visita sua mãe e até ajuda na refeição dela.
“O reverendo Milton Ribeiro possui a postura de homem de família, dada a sua educação sob o cuidado de uma professora e servidora pública e de um homem de bem e trabalhador; também se tornou construtor, com cuidado e respeito, de uma família, como seguindo um legado, ao lado de sua esposa, com quem providenciou as suas duas filhas as devidas oportunidades de afeto, educação e futuro; que semanalmente visita sua mãe, professora aposentada e idosa, com providência de mantimento e, muitas vezes, fazendo a refeição dela” – diz a nota do Prebistério de Santos.
E, por fim, orienta os pastores e integrantes dos conselhos das igrejas ligadas a Santos a manter a ordem e o respeito e “usem de bom-senso e de cordialidade no trato dessa questão, convictos de que Deus fará a graça e a verdade se encontrarem e a justiça e paz se beijarem”.
E conclui: “não se terá o inocente por culpado, nem o delituoso sem dolo. E nem ocasião à perturbação e à contenta para que tumultuem a comunhão cristã”.