Guerra no União Brasil atrasa federação com o PP
Partidos querem aliança para firmar a maior legenda da Câmara dos Deputados
atualizado
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Depois da guerra declarada entre Luciano Bivar e Antônio Rueda pelo controle do União Brasil, as negociações para formar a federação partidária com o PP foram suspensas. O Republicanos também acompanhava as tratativas, mas ficou de fora da união ainda em março.
Desde 2022, PP e União Brasil têm negociado a formação de uma federação que os tornaria o maior bloco da Câmara, com 109 deputados, superando o PL, partido com mais representantes na casa, que conta com 96.
O presidente eleito, Antônio Rueda, e o 1º vice-presidente, ACM Neto, do União Brasil, são os principais defensores da aliança, juntamente com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o deputado Elmar Nascimento (União Brasil-BA).
Nas contas de Lira, nenhum outro candidato tiraria a eleição Elmar para a chefia da Câmara se a federação realmente sair. Nem mesmo o governo poderia atrapalhar os planos de sua sucessão.
Ontem (13/03), deputados, senadores, ministros e governadores do partido se reuniram na sede nacional do União Brasil para votar pela destituição de Luciano Bivar do cargo de presidente, além de sua expulsão do partido. O placar pelo prosseguimento do processo ficou com 17 votos favoráveis, nenhum contra e 15 abstenções.
Agora, Bivar terá 72 horas, a partir do recebimento da representação, para se manifestar antes que seja proferida a decisão cautelar do partido. Posteriormente, a executiva da sigla votará para decidir se concorda ou não com o pedido, e Bivar terá um novo prazo de cinco dias para apresentar sua defesa. A decisão final será anunciada em até 60 dias.