Governo teme que relação entre Milei e Bolsonaro dificulte extradições
Pelo menos 65 golpistas do 8 de Janeiro estão foragidos na Argentina
atualizado
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Depois da megaoperação da Polícia Federal (PF) na quinta-feira (06/06) para prender 208 golpistas do 8 de Janeiro, os agentes constataram que pelo menos 65 envolvidos estão foragidos em Buenos Aires, na Argentina, e pediram suas extradições.
Integrantes do governo Lula (PT), no entanto, temem que o relacionamento do presidente argentino Javier Milei com o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL) atrapalhe o processo de extradição.
O temor é que Milei conceda asilo político aos golpistas, o que inauguraria uma crise diplomática entre os dois países.
Na quinta, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes mandou prender todos aqueles que violaram ou descumpriram medidas cautelares. De 208 ordens de prisão, apenas 50 foram consumadas até agora.
Os 65 que estão na Argentina devem ser colocados na lista de procurados da Ameripol, que trabalha com 12 países americanos. A Ameripol é uma organização regional dedicada ao intercâmbio de informações policiais e à realização de operações conjuntas, que atua desde 2007 como organismo de cooperação policial internacional.
O pedido de extradição dos golpistas foi feito pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional, do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A pasta receberá apoio também do Ministério das Relações Exteriores.