Governo teme atraso na reforma tributária por desoneração da folha
Base pede que o projeto seja enviado diretamente ao Senado para dar tempo de reforma ser priorizada na Câmara
atualizado
Compartilhar notícia
O governo Lula pediu a Rodrigo Pacheco (PSD-MG) que o projeto de prorrogação da desoneração da folha até o final de 2027 seja analisado diretamente pelo plenário do Senado. Esse texto já foi aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos em uma sessão na terça-feira (20/6).
Normalmente, o projeto seria submetido à Câmara dos Deputados, mas o tempo disponível para a análise antes do recesso parlamentar, que ocorre de 17 de julho a 1º de agosto, é limitado.
Existe a preocupação de que Arthur Lira (PP-AL) possa atrasar as votações relacionadas à retomada do voto de confiança no Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf), o arcabouço fiscal e à reforma tributária. Lira prometeu que esses três temas serão apreciados na primeira semana de julho.
O presidente da Câmara destacou que a casa terá uma semana “inédita, movimentada, talvez a mais importante das últimas décadas“, referindo-se ao período ininterrupto de 3 a 7 de julho.
Além disso, alas governistas também temem que Lira possa aproveitar um possível atraso para obter mais concessões de Lula. O líder do Centrão já obteve a liberação de mais R$ 1 bilhão em emendas antes da viagem do presidente da República à Itália e à França.
Enquanto Lula mantém Nísia Trindade no ministério da Saúde, é esperado que substitua Daniela Carneiro por Celso Sabino (União Brasil-PA) no Ministério do Turismo assim que retornar de sua turnê pela Europa. Resiliente, Lira já está de olho no ministério das Cidades, ocupado por Jader Filho.
Hoje (22/6), o presidente da Câmara vai se reunir com governadores para discutir pontos da reforma tributária.