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Governo quer acelerar votação da PEC que proíbe militar em cargo civil

Proposta foi apresentada em 2020, mas, sob o governo Bolsonaro, não andou na Câmara

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Às vésperas da posse, "patriotas" acampados em frente ao Quartel-General do exército em Brasília comemoram a desistência da operação para desmobilizar a concentração de apoiadores do atual presidente da República - Metrópoles
1 de 1 Às vésperas da posse, "patriotas" acampados em frente ao Quartel-General do exército em Brasília comemoram a desistência da operação para desmobilizar a concentração de apoiadores do atual presidente da República - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O governo Lula quer acelerar no Congresso a aprovação da emenda constitucional que proíbe militar da ativa ocupar cargo civil na administração pública. Assim, quer reduzir o dano da partidarização das Forças Armadas.

A gestão do petista tem sentido o efeito da ocupação de militares, nomeados por Jair Bolsonaro, e em várias áreas do governo e quer resolver logo esse problema.

Por enquanto, está enfrentando a questão com as exonerações desse pessoal das três forças, mas a ideia é vetar de vez, com a aprovação da proposta, de autoria da deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC).

O projeto foi apresentado em 2020 e chegou a ser batizada de “PEC do Pazuello”, o general que virou ministro da Saúde em plena epidemia da Covid-19 e cuja gestão foi um desastre.

A proposta não andou na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), sob o comando de parlamentares bolsonaristas. A presidente da CCJ, Bia Kicis (PL-DF), escolheu a colega Chris Tonietto (PL-RJ), também aliada de Bolsonaro, para ser relatora, mas nos oito meses que esteve com essa incumbência, ela não apresentou seu parecer.

Em maio do ano passado, Arthur Lira (PP-AL) a substituiu pelo General Peternelli (União-SP), que não entregou também um relatório.

O PT quer aproveitar a força do novo governo e um suposto entendimento geral que militares devam se afastar da política e desses cargos para tentar aprovar logo a PEC.

Perpétua não se elegeu. Por se tratar de nova legislatura, seu projeto precisará ser reapresentado por outro parlamentar, o que já está sendo conversado com as bancadas governistas. E se o PT vier a assumir a CCJ, como pode acontecer, ideia é escolher logo um relator e priorizar o tema  na pauta.

“Temos exemplos de sobra para garantir a aprovação dessa emenda à Constituição” – disse Perpétua Almeida ao blog.

Um dos vice-líderes do PT na Câmara, o deputado Rogério Correia (MG) defende a aprovação da emenda.

“Defendo a emenda, é correta. Militar que está na ativa tem que continuar como militar,no seu posto, e não ocupando cargo na administração pública. Até porque segurança é algo sensível e é grande a diferença entre o servidor militar e o civil”  – disse Correia.

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