Governo não quer CPI do 8 de janeiro agora que STF julga terroristas
Palácio do Planalto escalou seus líderes para convencer deputados a retirarem assinaturas, mas não está fácil
atualizado
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Está prevista para essa terça-feira, na sessão do Congresso Nacional, a leitura da instalação da CPMI que irá investigar os atos do 8 de janeiro, mas que está sendo proposta pela oposição.
Os opositores correm para a instalação da comissão nessa semana para também “concorrer” com o início do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) dos envolvidos nos atos terroristas do início do ano, tudo que o Palácio do Planalto não quer.
Os líderes governistas acreditam que uma semana é suficiente para que pelo menos entre 5 a 10 deputados retirem seus apoios à instalação dessa comissão de investigação.
A essa altura, não será fácil, mas o Palácio do Planalto quer insistir. São alvos dos governistas parlamentares do PP, União Brasil, Republicanos, MDB e PSD, signatários do pedido de CPMI.
O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), anunciou ontem que irá tentar adiar a sessão do Congresso desta terça para semana que vem. Difícil que consiga.
Outro apelo do governo está sendo feito ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que use seu peso e poder de convencimento e ajude a demover os parlamentares em não apoiarem a criação dessa CPMI.
Para o governo, que logo após os atos terroristas defendeu uma CPI, essa comissão agora irá atrapalhar seus planos, que são de se concentrar em matérias relevantes para o Palácio do Planalto, como a votação do novo arcabouço fiscal, o projeto das fake news e também a reforma tributária.