Governo não apoia e não vai patrocinar CPI da Abin
Avaliação é que investigação pode pingar em integrantes da agência que ainda fazem parte do governo federal
atualizado
Compartilhar notícia
O deputado Chico Alencar (PSol-RJ) prometeu, para a volta do recesso parlamentar, a retomada de coleta de assinaturas para a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investigue o suposto esquema de espionagem ilegal da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) contra autoridades e adversários políticos de Jair Bolsonaro (PL).
O deputado começou a coletar assinaturas ainda em outubro, quando a primeira fase da operação Primeira Milha ocorreu. Agora, com o assunto quente e alcançando o ex-diretor da Abin e atual deputado federal, Alexandre Ramagem (PL-RJ), Alencar quer apoio para a investigação na Câmara.
Mas se depender do governo, o deputado pode abandonar os planos. Lula (PT) e seus auxiliares não querem uma investigação (mais uma) acerca de órgãos do Palácio do Planalto. A avaliação é que a Polícia Federal (PF) é capaz o suficiente para prosseguir com as apurações independentemente.
Há também o censo de que a bancada governista tem outras prioridades para o Congresso no corrente ano, como as leis complementares da reforma tributária e sua segunda fase.
Até agora, Chico Alencar só tem 16 assinaturas para a CPI —são necessárias ao menos 171.