Governo deve estender presença da Força Nacional em terra indígena
Ministério da Justiça autorizou o emprego dos agentes para conter violência no Mato Grosso do Sul
atualizado
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, deve estender por mais 90 dias o emprego de agentes da Força Nacional para aldeias indígenas do Cone Sul do Mato Grosso do Sul e nas regiões fronteiriças do Estado.
A medida vem depois que a Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil) questionou, no Supremo Tribunal Federal, se o prazo anterior (também de 90 dias) era suficiente para ações de expulsão dos invasores e de garimpeiros ilegais.
Os focos são nos territórios Tekoha Panambi e Tekoha Yvyajere, na Terra Indígena (TI) Panambi — Lagoa Rica, em Douradina (MS), onde indígenas foram atacados a tiros após decidir retomar parte do território que afirmam ter pertencido a seus antepassados.
O governo também destacou uma comitiva para mediar o conflito. Segundo o secretário-executivo do Ministério dos Povos Indígenas, Eloy Terena, o objetivo é verificar a situação dos guarani-kaiowá, ouvir suas demandas e garantir a segurança dos envolvidos nos recentes confrontos.