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Governo avalia bem decisão de Lira em preservar Rui Costa

Presidente da Câmara cancelou depoimento do ministro-chefe da Casa Civil na CPI do MST

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lula arthur lira padilha paulo pimenta
1 de 1 lula arthur lira padilha paulo pimenta - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), barrou a convocação do ministro-chefe da Casa Civil e ex-governador da Bahia, Rui Costa, na CPI do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) nesta quarta-feira (09/08). O movimento foi visto com bons olhos por integrantes do PT. “Lira mostra que está mais próximo dos interesses [do governo]”, disse um deputado.

O tratoraço de Lira foi antecipado há quase uma semana por este blog. Naquele momento, era esperado que o presidente da Câmara agiria nos bastidores, por considerar a CPI um “show de horrores” e para não se queimar com aliados do centro. Mas o ato de aceitar uma questão de ordem do petista Nilto Tatto (SP) foi visto como uma sinalização de Lira a Lula (PT).

Em uma semana de pauta parada na Câmara, Lira acena ao presidente da República para conseguir destravar as nomeações dos seus camaradas Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) e André Fufuca (PP-MA) na Esplanada dos Ministérios. 

Lira segura a votação das alterações no arcabouço fiscal, mas Lula deve resolver a nova composição do seu time ministerial só após voltar de viagem. Está em Belém, depois vai ao Rio de Janeiro, retornando a Brasília só no fim de semana.

Para deputados governistas, o gesto de Lira mostra que o presidente da Câmara está mais “próximo dos interesses do governo”. Os deputados dizem esperar que essa aproximação também contemple outros temas de interesse da esquerda no Congresso.

Já para Ricardo Salles (PL-SP) diz que “o medo dos questionamentos fez com que o governo se mobilizasse para impedir” a sessão com Rui Costa. 

“Mas o ditado já diz que quem não deve, não teme, e se teme é porque deve” — Ricardo Salles

Salles, relator da CPI do MST e autor do requerimento que convocou Rui Costa, quer ouvir o ministro sobre as movimentações do governo quanto às ocupações no país. Costa também foi o governador do Estado com mais assentamentos do MST. A Bahia abriga 218 acampamentos e 156 ocupações do grupo, com mais de 35 mil famílias.

Há também a expectativa que Arthur Lira dificulte a prorrogação do colegiado. Na última semana, o presidente da CPI Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS) pediu mais 60 dias de trabalho. Dificilmente irá passar.

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