General do GSI colocou cargo à disposição após crítica ao 8 de janeiro
Gonçalves Dias conversou com Lula, após ter sua atuação na invasão do Palácio do Planalto questionada
atualizado
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Após duras críticas à atuação do Gabinete de Segurança Institucional no enfrentamento aos atos do 8 de janeiro na Esplanada dos Ministérios, especificamente na invasão ao Palácio do Planalto, ficou delicada a situação do general Gonçalves Dias, ministro do GSI.
O militar tem sido alvo de questionamentos após o quebra-quebra dos bolsonaristas nas instalações e obras do Planalto. Decorrência dessa desconfiança, o governo quer tirar a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), do guarda-chuva do GSI e transferi-la para a Casa Civil.
Diante das críticas, Dias conversou com Lula e colocou seu cargo à disposição. O presidente não aceitou, mas comunicou que iria aguardar os desdobramentos dos fatos.
Logo nos dias posteriores, o general conversou com jornalistas numa das solenidades do Planalto, explicando o que ocorreu no episódio.
O general tem a confiança do presidente e é muito próximo ao líder do governo no Senado, Jacques Wagner (PT-BA). Ele coordenou a segurança de Lula nos dois primeiros mandatos de Lula.
O militar é conhecido por uma atuação discreta e não é de muitas aparições. Em novembro de 2019, ele compareceu a um seminário no auditório Nereu Ramos, na Câmara, um simpósio sobre a Amazônia, organizado pelo Instituto Sagres, que tem entre seus diretores o general Rocha Paiva, um aliado de Jair Bolsonaro. Paiva organizou o debate.
Vários militares, fardados, estavam no simpósio. Outro presente foi o general Paulo Chagas, que já foi próximo do ex-presidente, mas é um crítico de Lula.