GDias é largado à própria sorte na CPI do MST
Ex-ministro do GSI era preservado pelo governo e pela presidência da Câmara; agora, será ouvido pelo colegiado em agosto
atualizado
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A convocação do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, Gonçalves Dias, na CPI do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) expôs que o militar foi largado à própria sorte.
Antes mesmo da escolha do relator e da presidência do colegiado, o general já era o alvo principal da oposição, já que foi durante a sua curta gestão a alta de ocupações no Brasil. De janeiro a abril deste ano, 33 terras rurais foram ocupadas pelo MST, número superior ao total de ações do grupo nos últimos 5 anos.
As convocações eram barradas por um acordo entre governo e oposição –com um dedo de Arthur Lira (PP-AL). Também havia o pedido vindo do Palácio do Planalto para que o ex-ministro fosse convidado e não convocado, mas se comprometendo a ir. Isso mudou.
Interlocutores do governo federal também afirmam que segurar o comparecimento de GDias podia ser prejudicial para a imagem de Lula (PT).
Já Rui Costa foi mais uma vez preservado. Ele seria ouvido por ter sido o governador do Estado com mais ocupações do MST. A Bahia abriga 218 acampamentos e 156 ocupações do grupo, com mais de 35 mil famílias.
O deputado tenente-coronel Zucco (Republicanos-RS) disse que o requerimento de convite a Rui Costa ficará para agosto.