Gaza: mesmo com liberação, Brasil quer entender critérios de Israel
Brasil aciona a China no Conselho de Segurança da ONU; Catar e Emirados Árabes Unidos também são procurados
atualizado
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A diplomacia brasileira comemora a liberação do grupo de 34 brasileiros na Faixa de Gaza, nesta sexta-feira (10/11). A liberação se deu depois do 4º telefonema do chanceler Mauro Vieira com o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen.
No entanto, apesar da liberação, o Brasil vai acionar a China para entender os critérios da saída de estrangeiros pela fronteira com o Egito. Como atual ocupante da presidência rotatória do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), a China pode pautar um pedido de explicações ao governo de Israel.
O pedido foi compartilhado com diplomatas do Catar, que participa das negociações com Hamas e Israel, e os Emirados Árabes Unidos, que participam do conselho.
Nos bastidores, tanto Lula (PT) como o Itamaraty avaliam que a detenção de brasileiros foi uma possível retaliação de Israel com o Brasil. O motivo seria a atuação do país enquanto presidente do Conselho de Segurança, que durou todo o mês de outubro.
O Brasil teve posições contrárias a Israel durante o período na presidência, como, por exemplo, não reconhecer o “direito de defesa” israelense no conflito com o Hamas.