Filho de deputado salvo por Nunes Marques é da tropa bolsonarista
Felipe Francischini (União-PR) votou contra a convocação do ministro Anderson Torres (Justiça) para explicar a “câmara de gás” da PRF
atualizado
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Um dia antes do ministro Kassio Nunes Marques, do STF, suspender a cassação do mandato de deputado estadual de Fernando Francischini, do Paraná, o filho do parlamentar, Felipe Francischini (União-PR), fez uma ardorosa defesa do governo na última quarta-feira, na Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara.
Na comissão, esta semana, ele discursou e votou contra a convocação do ministro da Justiça, Anderson Torres, para dar explicações da morte de Genivaldo Santos, que foi vítima em Sergipe de uma “câmara de gás” promovida por agentes da Polícia Rodoviária Federal.
Felipe é da tropa de choque bolsonarista no Congresso Nacional. Ele presidiu a CCJ da Câmara no início da gestão Bolsonaro e atuou de acordo com o interesse das pautas do governo.
Na CDH, ele foi um dos 7 votos governistas contrários à convocação de Torres, que acabou sendo aprovada, com 10 votos a favor. Felipe afirmou que “não compete ao ministro averiguar esses fatos”. E que a presença do ministro ali seria “diminuir” a dimensão do ministério.
“O Ministro ser convocado ou ser convidado para vir falar sobre um fato tão específico acaba diminuindo até mesmo a função do ministério, que tem uma atribuição gigantesca, muitas reuniões e muitas deliberações ao longo do dia” – disse Felipe Francischini, em defesa de Torres.