Exploração da Margem Equatorial pode garantir 30 bilhões de barris
Petrobras planeja perfurar até 16 poços na região até 2028
atualizado
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Um estudo da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema) diz que uma “exploração sustentável” da Margem Equatorial pode duplicar as reservas de petróleo e gás do Brasil, alcançando mais de 30 bilhões de barris.
Ontem (12/06), o presidente Lula (PT) voltou a defender a exploração de petróleo na região de 2.200 quilômetros da costa brasileira. “Nós [o Brasil], a hora que começamos a explorar a chamada Margem Equatorial, eu acho que gente vai dar um salto de qualidade extraordinária. Queremos fazer tudo legal, respeitando o meio ambiente, respeitando tudo. Mas nós não vamos jogar fora nenhuma oportunidade de fazer esse país crescer”, disse.
Segundo o Plano Estratégico 2024–2028 da Petrobras, a companhia terá que investir até US$ 3,1 bilhões para as 16 perfurações na Margem Equatorial. A empresa aguarda, desde o ano passado, uma autorização do Ibama (Instituto do Brasileiro do Meio Ambiente) para explorar a área.
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse que o debate sobre a perfuração da Margem Equatorial, na Foz do Rio Amazonas, “transcende a discussão técnica”. Deu a declaração na terça-feira, durante o mesmo evento que falara Lula.
“Assim como outras fronteiras exploratórias, a Margem Equatorial é essencial para reposição de reservas de petróleo do país. Caso haja a descoberta de óleo e seja viável economicamente, ainda demora muito tempo” — Magda Chambriard
Desastre ambiental
Um estudo do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA), com apoio do Greenpeace Brasil, revela que um eventual derramamento de óleo na Bacia da Foz do Amazonas poderia contaminar centenas de quilômetros de mares e regiões costeiras no Brasil e países vizinhos.
A pesquisa destaca os graves impactos ambientais e sociais de um possível vazamento, afetando drasticamente a vida marinha e a população costeira. Leia o artigo completo aqui.