Esquerda propõe sessão solene para o Papa, que inocentou Lula e Dilma
Dos 35 autores do pedido, 25 são petistas
atualizado
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Um grupo de 35 deputados são autores de um requerimento para que seja realizada uma sessão solene pelos dez anos do pontifico do Papa Francisco. Desses, 25 são parlamentares do PT, cujos líderes tem recebido palavras de proteção do religioso.
A um canal argentino, C5N, o papa afirmou que Lula foi condenado sem provas e que a ex-presidente Dilma Rousseff alvo de um impeachment em 2016, tem as “mãos limpas”. A entrevista foi gravada na última quarta-feira, em Roma.
O pontífice disse que os dois foram vítimas do chamado “lawfare”, expressão utilizada para se referir a um sisteja de Justiça que, sem provas, visa a perseguição de determinados políticos.
Não foi a primeira vez que Lula foi citado por Francisco. Em dezembro, em entrevista a um jornal espanhol, o Papa disse que o processo contra Lula se iniciou com uma notícia falsa.
No requerimento dos deputados a favor da sessão, eles argumentam que Jorge Bergoglio tem seu pontificado marcado pela aproximação da Igreja Católica com o povo e pelo discurso de amor, tolerância e respeito.
“Pela primeira vez na história um Papa realizou encontros com os movimentos sociais, compartilhou decisões com um grupo de cardeais (intitulado G8), recebeu em audiência pessoas transsexuais, se manifestou contra leis que criminalizam a homossexualidade, defendeu a igualdade entre homens e mulheres, pediu perdão pelos crimes da igreja durante a colonização das américas, visitou campos de refugiados sírios na Europa, atua de forma destacada na resolução do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, defende de forma intransigente a democracia e as instituições, entre tantas outras ações e demonstrações de apreço ao próximo” – justificam os deputados que subscrevem a proposta.
Na justificativa, não há menção às declarações do Papa a favor de Lula ou Dilma.