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Entre Ramagem e Pazuello, PL terá que escolher o “menos pior”

Ala do Partido Liberal no Rio de Janeiro trabalha para substituir delegado da PF por ex-ministro da Saúde; ambos investigados

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Ministro da saúde Eduardo Pazuello no governo bolsonaro
1 de 1 Ministro da saúde Eduardo Pazuello no governo bolsonaro - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Considerado “plano C” do PL para a prefeitura do Rio de Janeiro, o deputado federal general Eduardo Pazuello (RJ) esfregou as mãos com as últimas notícias que colocaram o deputado federal Delegado Ramagem (RJ) no noticiário na última semana.

Aliados do ex-ministro da Saúde de Jair Bolsonaro (PL) começaram a ensaiar uma pressão para substituir Ramagem por Pazuello na candidatura do PL para a capital fluminense. O argumento usado é que o ex-delegado da Polícia Federal (PF) está comprometido até o pescoço com o caso da “Abin Paralela”.

Ontem (15/07), o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes retirou o sigilo da gravação entre o ex-presidente Bolsonaro e o ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Alexandre Ramagem. O áudio mostra que a chamada “Abin Paralela” agiu para conter uma investigação da Receita Federal que elaborava um relatório contra o senador e filho do ex-presidente, Flávio Bolsonaro (RJ), sobre o desvio de parte dos salários de ex-funcionários na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).

“Neste áudio, é possível identificar a atuação do Del. ALEXANDRE RAMAGEM indicando, em suma, que seria necessária a instauração de procedimento administrativo contra os auditores da Receita com o objetivo de anular a investigação, bem como retirar alguns auditores de seus respectivos cargos”, diz o relatório da PF.

Pazuello, entretanto, também enfrenta problemas no STF. Ele é investigado pelas mortes de pacientes por falta de oxigênio nos hospitais de Manaus (AM) durante a pandemia de covid-19. A investigação, conduzida por Gilmar Mendes, baseia-se em um relatório do Ministério Público (MP). A apuração revela que 31 pessoas morreram por falta de oxigênio em Manaus nos dias 14 e 15 de janeiro de 2021, quando o sistema de saúde colapsou. A AGU (Advocacia-Geral da União) também contribui para a investigação do STF, afirmando que a gestão Pazuello sabia do “iminente colapso do sistema de saúde” do Amazonas dez dias antes da tragédia.

O PL tem até o próximo 15 de agosto para decidir entre o investigado por mortes na pandemia ou o suposto responsável por um esquema de arapongagem. A decisão final será dada por Valdemar Costa Neto, que não se comunica com Bolsonaro desde maio, seguindo ordens do STF.

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