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Em ato, presidente da Caixa atende bolsonaristas e anota os contatos

No evento pró-Bolsonaro, Pedro Guimarães posou para selfies, ouviu pedidos e ordenava sua assessora a “pegar os contatos”

atualizado

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Evandro Éboli – Metrópoles
Pedro Guimarães com bolsonaristas
1 de 1 Pedro Guimarães com bolsonaristas - Foto: Evandro Éboli – Metrópoles

Logo que terminou o ato com clima de campanha antecipada de Jair Bolsonaro, neste domingo, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, circulou entre bolsonaristas, fez selfies com seguidores do presidente, foi elogiado e até abençoado. Dois religiosos rezaram em torno de Guimarães, com as mãos postas em sua direção.

O presidente da Caixa recebeu também várias pedidos e demandas de bolsonaristas. Solícito, ouviu atentamente, conversava e pedia para uma assessora que o acompanhava a anotar o contato dessas pessoas. O Blog do Noblat acompanhou 22 minutos dessa troca entre Guimarães e os bolsonaristas.

Um eleitor, com uma blusa amarela que exibia uma foto do presidente com a inscrição “Bolsonaro presidente” saiu com a promessa de ser atendido e saiu satisfeito da conversa com Guimarães.

“Vou te atender” – disse Guimarães, na conversa registrada pelo blog.

Esse bolsonarista afirmou ter uma pendência com a Caixa, no valor de R$ 50 mil, de um período que foi síndico de um prédio. Ele disse se tratar de uma cobrança injusta e que corre risco de perder seu imóvel.

 

Uma senhora, com um rapaz, ambos com a camisa amarela de Bolsonaro, também abordaram Guimarães. Trataram de alguma pendência que envolvia a Funcef (Fundação dos Economiários Federais), um fundo de pensão. O dirigente da Caixa conta que ano passado teve a instituição teve um superávit, o que, segundo ele, evitou cobrar mais. E a assessora ao lado anotando os contatos, por determinação do presidente.

“Vamos analisar. Para mim, a Funcef é hoje a maior preocupação. Agora, veja o impacto do roubo do passado. Chegaram a emprestar R$ 10 bilhões a empresas e elas não pagaram. Sempre tem que lembrar o impacto que tem aqueles ladrões do passado” – disse Guimarães a senhora.

Nas conversas, o presidente da Caixa sempre atacava as gestões de governos anteriores na instituição.

“Naquela época se roubava muito na Caixa. Acabou essa história de camarote (de Carnaval), se gastava R$ 30 milhões. Tinha clube de futebol (patrocínio). Isso acabou. Atuamos com equilíbrio e com o social” – disse.

Outro bolsonarista, do Distrito Federal, pediu a Guimarães a instalação de uma agência numa cidade-satélite.

“Com um projeto estruturado a gente faz. Abrimos 300 agências no Brasil” – respondeu o dirigente.

 

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