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Em ato com Braga Netto, bolsonaristas evitam defesa do ex-presidente

De 15 deputados da bancada da bala que discursaram no lançamento da frente, apenas 2 saíram na defesa de Bolsonaro

atualizado

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Evandro Éboli – Metrópoles
Braga Netto com bancada da bala
1 de 1 Braga Netto com bancada da bala - Foto: Evandro Éboli – Metrópoles

Um grupo de pelo menos 30 deputados bolsonaristas – vários deles policiais, delegados e coronéis –  se reuniu hoje para celebrar o lançamento de Frente Parlamentar da Segurança Pública. No evento, um convidado especial: o general Braga Netto, vice na chapa derrotada de Jair Bolsonaro, ano passado.

Quinze deputados se revezaram no microfone e discursaram no ato que marcou o início da presidência da frente pelo deputado e coronel da PM Alberto Fraga (PL-DF). Mas, majoritariamente, os aliados de Bolsonaro evitaram citar o nome do ex-presidente e a operação que levou a Polícia Federal a fazer busca e apreensão na sua residência.

Desses quinze, apenas dois falaram da ação da PF e defenderam Bolsonaro. Um deles foi o Ubiratan Sanderson (PL-RS), que preside a Comissão de Segurança Pública. O aliado acusou o governo e defendeu o impeachment do presidente Lula. Ele atacou também o ministro Alexandre de Moraes, do STF, quem autorizou a ação desta quarta.

“Tem um abusador dentro do STF. Agora, arranjaram o pretexto do cartão de vacina, que está mal preenchida. Que era para ser preenchida a caneta e foi a lápis. E nesse momento, general Braga Netto, chegou a primavera que todos nós, em nome da nação, vamos tomar medidas urgentes. Impeachment já desse sujeito, do Lula. Não tem condição moral e ética de continuar” – disse Sanderson, aplaudido pela plateia e também por Braga Netto.

O ex-vice de Bolsonaro fez um discurso rápido e nem tocou no assunto. Preferiu enaltecer os agentes de segurança pública, mas aplaudiu os ataques dos deputados à Operação Venire.

Outro bolsonarista que saiu em defesa de Bolsonaro foi Bibo Nunes (PL-RS). Ele se dirigiu o tempo inteiro ao general, afirmou ser a primeira vez que uma área militar foi “invadida”, se referindo ao local onde o ex-ajudante de ordens do antigo presidente, Mauro Cid,  foi preso na ação de hoje.

“Hoje, pasmem os senhores, estou triste, revoltado. Não sei mais o que faço. Quando acordei e ouço que uma área millitar, general Braga Netto, pela primeira vez foi invadida. Uma ordem de prisão sem sequer ter qualquer suspeita comprovada quando prendem o Mauro Cid. Não respeitam” – disse Bibo Nunes.

Veja o vídeo com o discurso de Bibo Nunes para Braga Netto.

 

 

Os outros treze deputados que discursaram se restringiram a falar de questões de segurança pública, elogiaram os gentes das diversas polícias, criticaram a falta de apoio dos estados às Polícias Militares e, várias vezes, chamaram criminosos de “bandidos”, “vagabundos” e “marginais”.

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