Em 2006, 1,4% dos votos de Alckmin elegeriam Lula no primeiro turno
Aquela eleição está sendo usada como argumento pelos entusiastas da chapa: Lula obteve 48,6% no primeiro turno contra 41,6% de Alckmin
atualizado
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Aos reticentes a uma composição entre Lula e Alckmin numa chapa para 2002, os números. É o que os defensores dessa união – dos dois lados – têm apresentado para convencer os contrários desse “casamento”.
A presença do ex-governador tucano na chapa é a certeza da vitória de Lula no primeiro turno. não têm dúvida esses apoiadores dos dois nomes. E apresentam seus números: em 2006, por exemplo, bastaria ao petista apenas 1,4% dos votos obtidos por Alckmin para que ele, Lula, vencesse no primeiro turno, que terminou em 48,6% contra 41,6%.
Claro que o cenário é outro e Alckmin já disputou outra eleição presidencial, em 2018, na qual teve um desempenho bem diferente, muito pior que o de 2006: terminou em quarto lugar, com apenas 4,76% dos votos. Mas os dois só disputaram entre eles naquele ano.
O argumento agora dos entusiastas da chapa é que a performance de Alckmin em São Paulo será crucial para Lula vencer no primeiro turno. Afinal, argumentam, mesmo derrotado em 2006, o tucano derrotou o petista no estados naqueles dois turnos. O duro daquela eleição para Alckmin, a derrota ficou mais amarga pelo fato de, no país, ter obtido menos voto no segundo turno (37,5 milhões de votos) do que no primeiro (39,9 milhões de votos).
Alckmin disputa como favorito nas pesquisas para o governo paulista. Não se tem ideia da transferência de voto que sua presença na chapa dará a Lula, mas, apostam esses otimistas, que será o suficiente para o retorno de Lula ao Planalto.